
Após o estado de Santa Catarina confirmar mais um caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1), na segunda-feira (17), o Japão suspendeu temporariamente a importação de aves do estado.
Conforme o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o caso da doença foi confirmado em uma propriedade na cidade de Maracajá, Santa Catarina. A ave era doméstica, criada solta e para consumo próprio da família. Por ser uma propriedade que criava diversas espécies de aves como gansos, galinhas, patos e perus, a propriedade foi interditada e todas as aves foram abatidas.
O governo de Santa Catarina afirmou que não existem casos da doença na produção comercial. Segundo o governo brasileiro, o caso não compromete o status do Brasil como país livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP).
Após o anúncio da suspensão, o Mapa informou que uma delegação do ministério irá se reunir com autoridades japoneses na próxima semana, em Tóquio, para discutir o caso.
No fim do último mês, junho, o Japão suspendeu a compra de aves do Espírito Santo após o estado confirmar um caso de H5N1 também em ave criada para consumo próprio.
Logo após receber a confirmação de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), a Secretaria de Estado da Agricultura de Santa Catarina adotou medidas sanitárias com base nos protocolos internacionais e erradicou o foco. Além disso, as ações de educação sanitária, vigilância e investigação epidemiológica nas propriedades rurais na região também foram intensificadas.
A Cidasc afirma que aves silvestres mortas ou com sinais clínicos da doença não devem ser manipuladas e que não há evidências de que o consumo de carne ou ovos ofereça risco à saúde humana. Além disso, recomenda que seja comunicada imediatamente caso aves, de qualquer espécie, apresentem sinais clínicos de Influenza Aviária, sendo eles:
- Sinais respiratórios e neurológicos, tais como dificuldade respiratória;
- Andar cambaleante;
- Torcicolo ou girando em seu próprio eixo;
- Mortalidade alta e súbita.
A comunicação pode ser realizada utilizando o sistema e-Sisbravet, ou ainda, diretamente em um escritório local da Cidasc.